A calma e a sentença de um recomeço, olhos com capacidade de deslizar além do campo ordinário da visão. Na poeira, meu corpo toma forma, toma o sentido e o tempo que seria perdido, bem aventurados são aqueles que se aventuram independente da razão da sua irracionalidade. Tudo está em constante movimento, fogo, água, átomos; milésimos de segundo e nada é igual a antes. Por isso é preciso aprender a mergulhar na alucinação, derivar-se da sua própria essência, de forma a conter os surtos suicidas da nossa violência.
De hoje em diante eu deslizo
por entre as portas da incerteza e da loucura,
confiante de que essa abertura seja capaz
de confortar cada momento de ruptura.